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Nota: abaixo o golpe de estado na Bolívia!

Nota em solidariedade ao povo boliviano: abaixo o golpe de estado na Bolívia!

O crescimento econômico, educacional e social dos últimos 14 anos de governo Evo Morales não foram suficientes para barrar o fascismo e um Golpe de Estado na Bolívia. No dia 10 de novembro (domingo), poucas horas após ter acatado a sugestão da Organização dos Estados Americanos (OEA) e convocado novas eleições,

Evo Morales foi obrigado a renunciar à presidência, pressionado pelo Exército e por lideranças da direita boliviana.

Os episódios que se seguiram logo após a confirmação da vitória de Evo Morales nas eleições presidenciais do último dia 20 de outubro foram estarrecedores. Por não aceitarem o resultado favorável ao primeiro líder indígena a subir ao poder no país,

a oposição de direita promoveu perseguições a sindicalistas, sequestros e humilhações adversários. Invadiu jornais, ameaçou ministros e atentar contra a vida de parentes de Morales.

Para piorar o caos político, o comando das Forças Armadas e da Polícia Boliviana se uniu à oposição de direita, forçando Morales a renunciar. Já há, inclusive, um mandado ilegal para prendê-lo. Tudo indica que os rumos políticos e sociais da Bolívia

podem estar retornando aos piores momentos da história recente da América Latina, que tanto sofreu com os inúmeros golpes militares ao longo do século XX

e que, agora, novamente vê ressurgirem os ideais de extrema-direita. Para a elite econômica e empresarial, afetada pelo avanço da inclusão social e pela ampliação da qualidade de vida da maioria da população da Bolívia, vale inclusive apunhalar a Constituição e os princípios democráticos em nome da ganância e do poder. Não podemos deixar de ponderar que

a cena do opositor de Evo Morales ajoelhado no Palácio Presidencial com uma bíblia sobre a bandeira da Bolívia

remete ao lema do presidente brasileiro de extrema direita, Jair Bolsonaro, que prega “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, quando sua prática é muito diferente disso. O Sindifort e a Intersindical - Central da Classe Trabalhadora são solidários ao povo boliviano e esperam que consigam se reerguer para dar fim às práticas antidemocráticas que tomaram o país nos últimos dias.

Exigimos respeito pela vida, pela liberdade e pela integridade dos nossos irmãos bolivianos, assim como de Evo Morales, que defendeu o estado democrático de direito daquele país e esteve à frente do progresso de seu povo.

Que a resistência possa ser construída e concretizada, porque o futuro é de quem luta e sonha!

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